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Modos Gregos: os 3 maiores erros!

Você conhece os Modos Gregos? Veja aqui uma os erros mais comuns na hora de compreender o que são os modos gregos.

Você erra isso quando pensa em Modos Gregos?

Olá, pessoal! Os modos gregos são um assunto que sempre gera muitas dúvidas para os nossos alunos, e algumas dessas dúvidas vêm de erros de compreensão que são muito comuns, então quero trazê-los aqui vocês para ajudar a clarear este assunto.

— por Nelson Faria

Hoje vamos falar então sobre os tais dos modos, isto é, os modos gregos ou modos eclesiásticos, que lá fora eles chamam de church modes, os modos da igreja. Olha, eu já ouvi falar muito sobre os modos, na Internet, por exemplo, está cheio de informação, e até em alguns livros você vai encontrar muita coisa sobre os modos. Mas, infelizmente, muito do que eu vejo por aí está muito longe do que de fato são os modos gregos.

Então, se você quer entender definitivamente o que são os modos gregos, se concentre aqui uns minutinhos e me acompanha nessa lista dos 3 erros mais comuns no entendimento dos modos. Ao entender o que eles não são e o porquê, vai ficar bem mais fácil para você finalmente entender o que eles são e como usá-los.

Há um tempinho também soltei uma dica no nosso canal no YouTube (ainda não conhece? dá uma olhada lá!) falando exatamente sobre isso, então se você preferir assistir em vídeo, também tem essa opção, é só dar o play abaixo:

 

 

Erro #1: Os modos gregos são desenhos de escala

Uma das informações que eu vejo que realmente não faz sentido é quando uma pessoa relaciona o modo com uma posição especifica no braço da guitarra, com um desenho de escala. Isso não faz sentido algum porque quando você está no modo você pode tocar em qualquer lugar do braço! Por exemplo, se eu tocar o Ré dórico, dentro da escala de Ré dórico eu posso tocar em uma corda só, em qualquer lugar do braço, em qualquer digitação, que o modo é o mesmo. É tudo Ré dórico!

Eu vejo que muita gente faz essa confusão, achar que um desenho de escala é um determinado modo, que o modo seja um determinado desenho de escala. Se fosse assim, um flautista não poderia tocar um modo! Um flautista não tem desenho de escala nenhum, ao contrário de um guitarrista. Ou um trompetista, ou um saxofonista ou um pianista… mas evidentemente todos podem tocar música modal.

Erro #2: Os modos gregos estão nos graus

Outra erro é falar coisas como “Ah! Esse modo está no 1o grau, 2o grau, 3o grau, 4o grau”… Isto é uma confusão que as pessoas estão fazendo com escalas de acorde. Eu entendo essa confusão porque as escalas de acorde tem as mesmas notas e tem também os mesmos nomes (exatamente por ter as mesmas notas) mas não são modos gregos.

A música modal é uma coisa e a música tonal é outra completamente diferente. As regras para os dois tipos de música muitas vezes são até contraditórias! Por exemplo, uma nota que é característica num modo – ou seja, é fundamental que ela exista para que possa ser considerado que estamos naquele modo – às vezes é justamente a nota evitada numa tonalidade, ou seja, é uma nota que a gente não deve tocar.

Então acontece de ter uma nota que você tem que tocar num modo, no acorde daquele modo, para caracterizar aquele modo, você tem que tocar aquela nota na melodia no tempo forte… Mas se você está pensando na tonalidade aquela nota é evitada.

Erro #3: Os modos gregos são gerados pela escala maior

Uma outra coisa que eu já ouvi muito as pessoas falando é: “os modos da escala maior”. Isso também não faz sentido nenhum porque os modos são muito anteriores à música tonal. Em outras palavras, os modos gregos já existiam antes de existir a escala maior!

Então, como é que pode ser tirado o modo de uma escala maior se o modo já existia antes de existir a própria escala maior? Os modos são anteriores, a música modal é anterior à música tonal. A música tonal só veio muito tempo depois. Então essa é outra visão que eu, na minha concepção, considero equivocada.

Concluindo

Vejo que muita informação que, a meu ver, é equivocada, parte de premissas que não são de fato verdade! Quer dizer, o modo ser gerado por uma escala maior não pode ser verdade se a escala maior nem existia no momento que já existiam os modos. A própria ideia de tonalidade maior não existia ainda. Pensando assim “ao contrário” que se gera muita confusão na nossa cabeça na hora de estudar esse assunto tão rico.

Agora me conta aqui em baixo nos comentários, você já pensou nos modos gregos caindo em algum desses erros? 

Caso queira estudar mais os modos gregos, clique aqui e conheça também o meu curso sobre o assunto!

Um abraço e até a próxima!

23/09/2020

1 respostas em "Modos Gregos: os 3 maiores erros!"

  1. Bom dia Nelson!
    Seria muito bom se vc fizesse um novo post sobre harmonização dos modos… quais acordes usar…”ausência de acorde dominante” (…será isso?)…tem muita informação que me confunde… Ah! Poderia fazer uma semana MODAL..tirar esse pensamento tonal (2_5_1) que prevalece e domina no geral..
    DESCULPE A INTROMISSÃO…rs
    Abs (Luiz Sérgio.. Belo Horizonte)

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